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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

No Brasil Fall Out Boy fala de disco novo,futebol e mudanças no som da banda


Banda lança o álbum 'Mania' em janeiro. 'Se tentássemos escrever as mesmas músicas de antes agora elas não soariam da mesma forma', diz Pete Wentz ao G1. 


Se o rock fosse um campeonato, Pete Wentz diz que a banda dele, o Fall Out Boy, sempre foi uma zebra. A definição foi usada pelo baixista e vocalista em entrevista ao G1, no Rock in Rio.
Ele lembra que tinham nomes gigantes de músicas quando a onda era nomes curtinhos e debandaram do emo para o eletrônico, deixando alguns fãs de pop punk pelo caminho. Diferentão.
Wentz também falou do sétimo disco do Fall Out Boy ("Mania", previsto para janeiro). Leia abaixo e veja trechos no vídeo.

G1 - Vocês começaram pop punk e agora são mais eletrônicos. O pop punk morreu?
Pete Wentz - Não, eu acho que não... A gente começou saindo em turnê com uma van, você tem 20, 22 anos... E a gente cresceu, a gente nunca tinha visto o Rio, nunca tinha ido a Tóquio. Você cresce. Não sei como nos definir, mas se tentássemos escrever as mesmas músicas de antes agora elas não soariam da mesma forma, sabe? Então, é um crescimento exponencial para nós.

G1 - Hoje, as bandas de rock que mais fazem sucesso misturam rock com outros estilos, especialmente com pop dançante e hip hop. É o caso do Imagine Dragons. Só dá para chegar às paradas assim, se quiser tocar rock?
Pete Wentz - Sempre fomos influenciados por todo tipo de coisa. "Young and Menace" tem uma influência superóbvia de música eletrônica. "The Last of the Real Ones" é mais influenciada por caras como D'angelo, The Weeknd... A gente sempre esteve por todos os lados. O próximo single que acho que vamos lançar, não parece eletrônica e não parece pop punk... É diferente. Não buscamos uma sonoridade. Você tem que se atualizar. Não pode ficar fazendo a mesma coisa várias e várias vezes. E esperar que as pessoas, que o mundo inteiro continue te ouvindo.

G1 - Mas não há espaço para outros estilos além do hip hop e do pop?
Pete Wentz - A verdade é que vivemos em um mundo do hip hop, especialmente nos EUA onde o hip hop é muito, muito grande... Mas ainda há espaço para música diferente, pensamentos ecléticos. Acho que coisas como Spotify e Apple Music. Meu filho mais velho ouve músicas, ele gosta de música... Escuta coisas muito diferentes. Você tem que fazer música interessante e daí vão querer ouvir.

G1 - O que você pode adiantar sobre o disco 'Mania'?
Pete Wentz - Deveria se chamar "Wrestlemania". Daí lançaríamos nossa carreira de profissionais de luta livre. Seríamos lutadores dos anos 80... Mas quando percebemos que isso poderia atrapalhar a turnê... Mudamos para "Mania" e atrasamos o lançamento. (Risos)

G1 - Como você curte futebol, os EUA têm chance na Copa?
Pete Wentz - Na última Copa, eu pensei que a gente tivesse chances... Mas o mais legal é ver o time da Costa Rica, esses times que são azarões na disputa. E sempre vão existir os favoritos, como o seu, o time brasileiro, os argentinos...  (*dias antes de postarmos essa matéria a seleção americana não se classificou para a Copa do Mundo na Russia em 2018)

G1 - Sempre torci pras zebras...
Pete Wentz - Eu também. É mais fácil torcer para as zebras, porque você não tem nada a perder. Mas com o passar dos anos, o futebol vem se tornando maior nos EUA. Vão aparecer umas crianças jogando bem e elas vão crescer... E o time feminino é demais, né?

G1 - E o Fall Out Boy é um azarão no Rock in Rio?
Pete Wentz - A gente sempre foi um pouco, uma banda esquisita. A primeira música que eu já curti foi "Put some sugar on me", então é uma grande vitória pra gente só de estar aqui. É uma noite de sugar ("açúcar"). "Put some sugar on me going down". (risos)

G1 - O que vocês têm em comum com o Aerosmith [tocou no mesmo dia no Rock in Rio]?
Pete Wentz - Temos um pouco a ver com o Aerosmith: somos bandas que vivemos várias fases. Eles tiveram os anos 70, 80 e 90... E tudo é muito diferente. A gente tem duas eras diferentes. Tem "From Under the Cork Tree" e "Infinity on High"... E mudamos depois. É difícil termos isso em comum com alguma banda e o Aerosmith tem. E eles têm ainda mais do que nós.

Veja video da entrevista com legendas na fonte abaixo
Fonte:G1


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