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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Pete Wentz fala sobre o Rock In Rio e como será a setlist do show!



Fall Out Boy traz novo som eletrônico ao Rock in Rio e exalta 'evolução': 'Não dá pra tocar só o velho pop punk' 
Pete Wentz também falou ao G1 sobre tocar em noite de veteranos Aerosmith e Def Leppard como substitutos de Billy Idol: 'Temos o mesmo espírito'.

''Dance, dance" deve ser uma das músicas do Fall Out Boy no Rock in Rio: um alívio para os fãs que esperam ouvir os velhos sucessos da banda no primeiro show carioca, como essa faixa de 2005. Mas também vai ter dance além do título: o novo single do grupo, que surpreende pela base EDM, estará no repertório para mostrar a "evolução" do Fall Out Boy, como define o baixista Pete Wentz ao G1.
O tal single novo, muito mais dance que "Dance, dance", é "Young and menace" . É a primeira música do disco "Mania", que sai no dia 15 de setembro, no início do festival e 6 dias antes do show do Fall Out Boy. Veja a programação completa do Rock in Rio 2017.
A parte "evoluída" deve ser ainda mais notada em noite de rock à moda antiga. O Fall Out Boy vai abrir para Def Leppard e Aerosmith - bandas que Wentz já curtia "antes de descobrir o punk rock", ele conta. O lugar na programação veio após o cancelamento de outro veterano: Billy Idol, com o qual o Fall Out Boy divide o mesmo "espírito", segundo o baixista. Leia a entrevista:

G1 - Vocês vão tocar no lugar que seria do Billy Idol, que cancelou o show no festival. Acha que tem a ver?
Pete Wentz - Acho que somos parecidos com o espírito do Billy Idol. Não acho que a nossa música seja igual, pois obviamente somos de eras diferentes. Ele tinha o espírito do punk rock, e nós também celebramos isso.

G1 - Vocês vão estrear no Rock in Rio. Mas você sabe algo do festival?
Pete Wentz - Sim, já vi imagens e o festival é animal. Poder tocar com Aerosmith e Def Leppard também é incrível. São bandas que crescemos ouvindo, antes mesmo de descobrir o punk rock. Crescemos ouvindo Sepultura, então sabemos um pouco do Brasil. E nunca fomos ao Rio, então estamos animados.

G1 - O primeiro single do disco novo, “Young and menace”, é mais EDM. Esse é um caminho que a banda vai seguir, ser menos pesado e mais pop?
Pete Wentz - Não acho que “Young and menace” seja mais pop. Não toca no rádio, é uma música muito estranha para ser pop. Mas sim, é mais eletrônica. Apesar de ter mais instrumentos reais do que as pessoas percebem – o refrão tem guitarras e bateria não-eletrônica.
Mas estamos abertos a evoluir nosso som. Não somos os mesmos. Não dá para tocar as mesmas velhas canções pop punk de novo e de novo. Acho que seria chato para todo mundo.




G1 - O disco todo vai ser assim?
Pete Wentz - Não sei. Talvez, mas essa é só uma música. Artistas como The Clash, David Bowie, eles evoluíram. Acho que é difícil mudar, mas se eles não tivessem feito isso seria ruim, em retrospecto. Eu agradeço aos fãs que passam por este processo de mudança conosco.
 
G1 - Sobre o show no Rock in Rio com Aerosmith e Def Leppard, você acha que têm um público em comum?
Pete Wentz - Eu cresci ouvindo eles. “Pour some sugar on me” (do Def Leppard) foi uma das primeiras músicas de rock que eu curti. O Aerosmith é um exemplo de banda que sempre evoluiu. Não foram os mesmos nos anos 70, 80, 90. Acho que temos uma audiência mais jovem que eles, sim, mas acho que complementamos o que eles fazem. Acho que vai ser ótimo.


G1 - O disco novo sai no dia 15 de setembro, pouco antes do show. Vão tocar muitas músicas dele?
Pete Wentz - Não sei quanto tempo teremos, então acho que vamos misturar bem. Vai ser legal tocar as músicas novas pela primeira vez. Mas como nunca tocamos no Rio, também será legal tocar as canções mais conhecidas aí.

G1 - Como você, que estudou Ciências Políticas, vê a situação atual dos EUA?
Pete Wentz - Acho que vivemos em uma era de populismo em todo o mundo. Há um sentimento populista, que vimos no Brexit e claramente na eleição aqui nos EUA. As pessoas estão com muita raiva, mas foi interessante ver o que aconteceu na França, em que elas disseram: “Não, não vamos ser fascistas”. Acho que esse caminho deles é possível.
Vivemos em um país dividido e os eleitores votaram com raiva, contra o seu próprio interesse por causa disso. Mas, acima de tudo, isso abriu um diálogo no nosso país. Acho que agora nos perguntamos mais por que as pessoas estão tão bravas e se sentindo tão sem direitos.

Fonte:G1

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